<\/p>\n[vc_row][vc_column][vc_column_text]Futebol brasileiro corre risco de perder sua for\u00e7a<\/p>\n
A bola continua correndo livre, leve e solta pelos gramados do mundo. S\u00e3o centenas de campeonatos e torneios em disputa. Alguns com alto prestigio, reunindo os grandes astros do futebol, milhares de torcedores e uma montanha de dinheiro imposs\u00edvel de quantificar. Outros s\u00e3o quase an\u00f4nimos, passam praticamente despercebidos do p\u00fablico e da m\u00eddia. O certo \u00e9 que o futebol marca presen\u00e7a em todos os cantos do planeta.<\/p>\n
No Brasil o futebol \u00e9 considerado como o esporte mais popular. Segundo os \u00faltimos levantamentos, Flamengo, Corinthians, S\u00e3o Paulo, Palmeiras, Vasco, Atl\u00e9tico, Cruzeiro, Gr\u00eamio, Internacional e Santos, s\u00e3o os mais populares, reunindo quase cem milh\u00f5es de torcedores. Somados aos demais, espalhados pa\u00eds afora, chegamos a n\u00fameros impressionantes. Evidente que qualquer pesquisa com rela\u00e7\u00e3o a paix\u00e3o clubista gera altas duvidas e polemicas. Para o torcedor o seu time \u00e9 sempre o maior e melhor.<\/p>\n
Entretanto, observa-se que os pr\u00f3prios times n\u00e3o sabem direito aproveitar da for\u00e7a que tem. Em geral n\u00e3o tratam o torcedor como cliente fidelizado e VIP. A situa\u00e7\u00e3o vem at\u00e9 melhorando, mas ainda falta muito para atingir o ponto necess\u00e1rio. A comprova\u00e7\u00e3o vem por outra pesquisa. Uma imensa gera\u00e7\u00e3o formada por 69% dos jovens entre 16 a 29 anos preferem torcer por times do exterior, em especial Real Madrid e Barcelona.<\/p>\n
Estes dois times j\u00e1 est\u00e3o entre os que mais vendem camisas no Brasil. Esta nova gera\u00e7\u00e3o prefere ficar em casa ou no bar assistindo pelos canais exclusivos ou acompanhar tudo pelas redes sociais. Apenas como exemplo, o jogo entre Real e Atl\u00e9tico de Madri, deu mais audi\u00eancia do que a maioria dos jogos realizados e transmitidos dentro do Brasil.<\/p>\n
Outra for\u00e7a que vem crescendo entre os jovens \u00e9 a prefer\u00eancia pelos games, quando podem interagir com os maiores times europeus e seus craques fabulosos. Virou rotina ver crian\u00e7as e adolescentes trajando camisas do Chelsea, Bayern, Juventus, Barcelona e Real no lugar dos times da sua cidade.<\/p>\n
N\u00e3o \u00e9 modismo. \u00c9 um fato preocupante. Se nada for feito, o futebol brasileiro corre o risco de perder sua for\u00e7a. Pode at\u00e9 demorar, mas o caminho est\u00e1 sendo trilhado em boa velocidade. Os grandes clubes est\u00e3o focados em montar elencos e comiss\u00f5es t\u00e9cnicas enormes, construir centros de treinamentos modernos e investir altas somas em tecnologia.<\/p>\n
Hoje \u00e9 poss\u00edvel fazer analise termogr\u00e1fica dos atletas, informando poss\u00edveis focos inflamat\u00f3rios atrav\u00e9s da temperatura muscular, v\u00e1rios outros testes preventivos e o avan\u00e7ado \u201cOlheiro Digital\u201d para observar em m\u00ednimos detalhes todas as a\u00e7\u00f5es dos jogadores, inclusive advers\u00e1rios.<\/p>\n
Tudo isto \u00e9 importante e fundamental. Ainda que dentro de campo a qualidade t\u00e3o seja assim t\u00e3o \u201chi-tech\u201d. Entretanto, um quesito vem sendo deixando de lado. Os clubes n\u00e3o est\u00e3o cuidando com aten\u00e7\u00e3o priorit\u00e1ria do seu bem mais precioso. O seu torcedor. Do presente e principalmente do futuro. Alguns at\u00e9 tentam, mas de forma amadora ou sem o comprometimento ideal.<\/p>\n
O fato \u00e9 que est\u00e1 cada vez mais dif\u00edcil e complicado para o torcedor ir ao est\u00e1dio. S\u00e3o tantas as dificuldades que aos poucos ele vai se afastando, procurando outros tipos de divers\u00e3o. E o mais grave, levando seus familiares e amigos. Uma mudan\u00e7a de habito perigosa para os clubes. Enfim, ir ao campo j\u00e1 n\u00e3o \u00e9 um bom programa para muitas fam\u00edlias.<\/p>\n
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A prova maior \u00e9 de f\u00e1cil constata\u00e7\u00e3o. Tirando as decis\u00f5es ou jogos de grande import\u00e2ncia, os est\u00e1dios est\u00e3o recebendo pouco p\u00fablico. Bem aqu\u00e9m da capacidade normal. Isto representa menos receita.<\/p>\n
O interessante \u00e9 que a maioria gostaria de comparecer, levar outras pessoas, fazer do futebol um momento de alegria, cabe ent\u00e3o aos respons\u00e1veis pelos clubes, ao lado dos organizadores e realizadores do futebol encontrar de forma profissional a solu\u00e7\u00e3o para o problema, enquanto ele ainda \u00e9 pequeno, mas crescente. Antes que seja tarde.<\/p>\n
Presidente da Associa\u00e7\u00e3o Mineira de Cronistas Esportivos – Luiz Carlos Gomes[\/vc_column_text][\/vc_column][vc_column][vc_column_text]DEU A L\u00d3GICA<\/p>\n
Mais uma vez Atl\u00e9tico e Cruzeiro est\u00e3o prontos e preparados para duelo. O objetivo \u00e9 conquistar o t\u00edtulo de campe\u00e3o mineiro. Para os dois uma rotina normal. Ao longo dos anos o galo j\u00e1 ganhou 43 campeonatos, a raposa 36, sobrando apenas 24 para os demais concorrentes. Computando as vezes que um dos dois ficou em segundo chegamos a n\u00fameros absurdos. Uma hegemonia impressionante. N\u00e3o \u00e9 caso exclusivo de Minas. Em grande parte do Brasil acontece a mesma coisa. Melhor, em grande parte do mundo acontece a mesma coisa. Alguns poucos times conquistando tudo e um batalh\u00e3o de outros apenas correndo atr\u00e1s do sonho. Um lindo filme com poucos protagonistas e milhares de figurantes. <\/p>\n
A explica\u00e7\u00e3o para tamanha desigualdade \u00e9 simples. Pode ser aplicada em qualquer lugar, mas vamos nos ater apenas ao nosso futebol dom\u00e9stico. Temos aqui somente dois clubes realmente grandes. A primeira pista fica no terreno financeiro. Atl\u00e9tico e Cruzeiro faturam muito mais do que os concorrentes juntos. <\/p>\n
Isto representa maior poder de investimento em estrutura f\u00edsica, mais recursos em todas as \u00e1reas, melhores profissionais a disposi\u00e7\u00e3o e principalmente na formata\u00e7\u00e3o de elencos em maior quantidade e obviamente de melhor qualifica\u00e7\u00e3o, fabricando talentos e buscando no mercado os grandes \u00eddolos.<\/p>\n
E o mais importante, a for\u00e7a m\u00e1gica dos seus torcedores. De gera\u00e7\u00e3o em gera\u00e7\u00e3o milhares de pessoas lotam est\u00e1dios, gritam, cantam, agitam, empurram o time, fazem a roda girar comprando produtos e servi\u00e7os. Um imenso p\u00fablico consumidor que atrai os mais variados patrocinadores. Torcedores apaixonados cujo n\u00famero cresce cada vez mais. <\/p>\n
Do outro lado, os concorrentes tiram leite de pedra para montar suas estruturas e contratar bons jogadores. Normalmente formam elencos limitados e quando aparece algum destaque passam logo nos cobres para salvar o or\u00e7amento ou quitar d\u00edvidas.<\/p>\n
At\u00e9 come\u00e7am bem nas competi\u00e7\u00f5es. O entusiasmo ajuda, mas aos poucos, com as contus\u00f5es, suspens\u00f5es e falta de grana v\u00e3o perdendo for\u00e7a. N\u00e3o contam tamb\u00e9m com grande n\u00famero de torcedores para ajudar e incentivar.<\/p>\n
N\u00e3o existe solu\u00e7\u00e3o f\u00e1cil para o problema. Pior, a cada ano a dist\u00e2ncia s\u00f3 aumenta. Muitos planos e projetos j\u00e1 foram tentados. Esbarra sempre na absoluta falta de recursos financeiros para bancar algo diferente.<\/p>\n
Pode ser que no futuro distante o milagre aconte\u00e7a. Quem sabe a economia deslanche, Minas cres\u00e7a de verdade, apare\u00e7a novos empreendedores dispostos a investir pesado nos outros times. Em especial nos tradicionais times do nosso imenso interior. N\u00e3o custa nada sonhar.<\/p>\n
Enquanto isso, vamos vivendo o presente. O momento \u00e9 agora. Os melhores craques j\u00e1 est\u00e3o devidamente preparados. A emo\u00e7\u00e3o vai transbordar mundo afora.<\/p>\n
Atl\u00e9tico e Cruzeiro n\u00e3o tem culpa de nada. Pelo contr\u00e1rio, s\u00e3o grandes e poderosos porque souberam construir com alicerces fortes as suas hist\u00f3rias. N\u00e3o est\u00e3o em mais uma final por acaso ou ajuda estranha. Merecem com todos os m\u00e9ritos os lugares que ocupam.<\/p>\n
O importante mesmo \u00e9 que o duelo final seja limpo e grandioso dentro e fora do est\u00e1dio. Que a paz e o bom senso tome conta dos torcedores. O futebol mineiro vive um domingo de gala.<\/p>\n
Guarde o seu sorriso e a sua energia. Quem sabe logo mais voc\u00ea poder\u00e1 soltar o grito de campe\u00e3o. Boa sorte. [\/vc_column_text][vc_column_text]Mulheres & Futebol<\/p>\n
Mar\u00e7o \u00e9 o m\u00eas delas. Graciosas e competentes marcam presen\u00e7a forte em todos os setores da vida moderna. N\u00e3o poderia ser diferente no esporte, em especial no futebol. No in\u00edcio eram poucas. Aos poucos foram ocupando espa\u00e7o. Determinadas, buscaram o conhecimento, unindo o amor ao esporte a especializa\u00e7\u00e3o conquistada nos bancos escolares. Hoje s\u00e3o dezenas atuando em todos os setores da m\u00eddia esportiva. Sabem tudo e muito mais. Merecem o nosso carinho e respeito. Muito bom verificar nos arquivos da AMCE a quantidade de mulheres filiadas, devidamente credenciadas para atuar com enorme profissionalismo. Uma prova que mulher \u00e9 muito mais do que m\u00e3e, esposa, filha ou namorada. Parab\u00e9ns as mulheres radialistas e jornalistas esportivas. Parab\u00e9ns a todas as mulheres que neste Mar\u00e7o recebem as merecidas homenagens.<\/p>\n
Mudando de assunto, importante destacar o bom trabalho que a Federa\u00e7\u00e3o Mineira de Futebol, sob o comando do jovem presidente Castellar Modesto Guimar\u00e3es Neto, vem realizando em favor do nosso futebol. Al\u00e9m de modernizar a entidade em todos os sentidos, movimenta o futebol em praticamente em todas as regi\u00f5es de Minas. Evidente que a grande maioria do p\u00fablico acompanha mesmo \u00e9 o campeonato do modulo I. Re\u00fane os principais times, apresenta jogadores de renome, atrai bons patrocinadores e mobiliza consider\u00e1vel massa de torcedores. Al\u00e9m de merecer grande destaque na m\u00eddia. Para se ter uma ideia, centenas de ve\u00edculos de comunica\u00e7\u00e3o, da capital e do interior, mant\u00e9m equipes de profissionais envolvidas exclusivamente com o principal campeonato de futebol de Minas.<\/p>\n
Mas o futebol mineiro tem muito mais coisas rolando por ai, na maioria das vezes de forma quase an\u00f4nima. Por exemplo. Temos o campeonato do modulo II, reunindo times tradicionais. Neste ano participam o Nacional de Muria\u00e9, Social de Jo\u00e3o Monlevade, Guarani de Divin\u00f3polis, Betinense de Betim, Tupynamb\u00e1s de Juiz de Fora, Boa de Varginha, Mamor\u00e9 de Patos de Minas, Patrocinense de Patroc\u00ednio, Cap Uberl\u00e2ndia, Uberaba e Arax\u00e1. A disputa acontece em duas etapas. Na primeira, dividida em dois grupos, classificam dez para o hexagonal final. Os dois \u00faltimos dos dois grupos da primeira fase descem para a segunda divis\u00e3o. O campe\u00e3o e o vice do hexagonal sobem para o modulo I. O importante \u00e9 que os clubes se obrigam a utilizar jogadores de at\u00e9 24 anos. Com exce\u00e7\u00e3o de sete atletas com mais idade. \u00c9 sem d\u00favida uma excelente oportunidade para os jovens iniciarem suas carreiras. Imagino o sacrif\u00edcio dos dirigentes para manter seus clubes nesta disputa. Normalmente os jogos acontecem em est\u00e1dios apertados e vazios. As viagens e hospedagens n\u00e3o s\u00e3o de primeira e a falta de recursos para saldar os compromissos \u00e9 uma constante. Na verdade estes clubes contam apenas com o apoio da Federa\u00e7\u00e3o, de alguns poucos idealistas e da imprensa esportiva de suas cidades, que n\u00e3o medem esfor\u00e7os para transmitir os jogos e valorizar o evento e seus participantes. \u00c9 um caminho duro para tentar alcan\u00e7ar o sonho de chegar a elite do futebol.<\/p>\n
A Federa\u00e7\u00e3o organiza tamb\u00e9m o campeonato da segunda divis\u00e3o que conta com a participa\u00e7\u00e3o dos seguintes clubes: Arsenal de Santa Luzia, Luziense de Santa Luzia, Coimbra de Belo Horizonte, Sider\u00fargica de Sabar\u00e1, Val\u00e9rio de Itabira, Santarritense de Santa Rica do Sapuca\u00ed, Venda Nova de Belo Horizonte, Guaxup\u00e9, Ita\u00fana, Ponte Nova e Jacutinga. S\u00e3o clubes semiprofissionais, alguns com larga hist\u00f3ria de sucesso no passado, mas que ao longo do tempo foram perdendo for\u00e7a. Sobrevivem pela vontade e garra de uns poucos abnegados. <\/p>\n
Outra competi\u00e7\u00e3o que tem muita tradi\u00e7\u00e3o e merece o respeito de todos \u00e9 ligada ao futebol amador de Belo Horizonte. Esmagado pelo crescimento da cidade que acabou com a maioria dos campos, continua existindo e sobrevivendo meio na marra. Por mais incr\u00edvel que possa parecer 48 times participam. Divididos em oito chaves, disputam cerca de 24 jogos a cada domingo. S\u00e3o mais de 1.400 jogadores envolvidos, al\u00e9m de treinadores, \u00e1rbitros, auxiliares, apoiadores, dirigentes e torcedores. Sim, muitos dos times amadores tem torcedores apaixonados. Estes times lutam contra a falta de recursos, de campos e da total falta de espa\u00e7o para divulga\u00e7\u00e3o. Normalmente jogam em hor\u00e1rios alternativos. Na verdade os times amadores s\u00e3o verdadeiros her\u00f3is da resist\u00eancia.<\/p>\n
Outras competi\u00e7\u00f5es promovidas pela FMF tamb\u00e9m acontecem ao logo do ano. Campeonato de futebol feminino, Ta\u00e7a BH, Copa Itatiaia, Torneio Coruj\u00e3o e torneios para menores de 15,17 e 20 anos. Um esfor\u00e7o tremendo para manter acesa a chama do futebol. Pelo interior afora, as ligas desportivas se desdobram para organizar as mais variadas competi\u00e7\u00f5es. Infelizmente muitas est\u00e3o com suas atividades paralisadas por total falta de recursos. Com a crise, o que j\u00e1 n\u00e3o era bom, piorou de vez.<\/p>\n
Assim caminha o futebol mineiro. Alvo de cr\u00edticas, renegado por muitos que pregam at\u00e9 sua extin\u00e7\u00e3o em favor das grandes competi\u00e7\u00f5es nacionais e internacionais, mas que segue firme encarando o desafio de continuar construindo sua hist\u00f3ria.<\/p>\n
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Luiz Carlos Gomes \u2013 Presidente da Associa\u00e7\u00e3o Mineira de Cronistas Esportivos-AMCE[\/vc_column_text][vc_column_text]\n
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